terça-feira, 18 de maio de 2010

THEATRO CARLOS GOMES REABRE PARA IMPRENSA E PÚBLICO

O Theatro Carlos Gomes, um dos cartões postais do Espírito Santo, localizado no Centro de Vitória, será devolvido à população restaurado, reformado e modernizado, hoje, dia 18 de maio. As atividades do espaço cultural, vinculado à Secretaria de Estado da Cultura (Secult), serão retomadas com a apresentação do pianista Vadim Rudenko, um dos nomes mais expressivos da nova geração de pianistas russos. O músico irá estrear o piano Steinway Concert Grand Model D de 2,74 metros, doado pelo Instituto de Ação Social e Cultural Sincades.

O teatro recebeu intervenções como a recuperação da arquitetura externa e interna; restauração da pintura do teto, do piso da plateia e troca das cadeiras; relocação da subestação de luz com novo transformador, permitindo a reorganização do espaço onde funcionam a administração e a recepção; reforma dos foyers, banheiros e camarins. No total foram investidos 1,286 milhão no espaço.

O público verá novidades como o piso da plateia que foi recuperado para receber 281 cadeiras novas. Dessas, quatro serão destinadas a obesos e outros seis lugares serão reservados para cadeirantes. A medida irá garantir maior conforto para o público, permitindo facilitar a circulação entre as fileiras. As cadeiras dos camarotes, que somam 136 lugares (34 camarotes com quatro lugares cada), também serão substituídas. Com a medida o Theatro terá capacidade para 417 lugares.

Outro destaque é o restauro da pintura do teto do Theatro, um trabalho de Homero Massena (1885 - 1974), mineiro radicado no Espírito Santo, inspirado nos grandes nomes da música (Carlos Gomes, Vagner, Bach e Verdi), em instrumentos e notas musicais.

Saiba um pouco mais sobre o Theatro Carlos Gomes:
É o mais antigo do Espírito Santo, abriu suas cortinas pela primeira vez em 1927. Localizado no Centro de Vitória, sua inauguração vinha preencher a lacuna deixada pelo Teatro Melpômene, demolido após um incêndio.
Projetado pelo arquiteto italiano André Carloni, sua arquitetura foi inspirada no Teatro Alla Scala, de Milão, na Itália. Administrado inicialmente pelo próprio André Carloni, a primeira peça encenada foi “Verde e Amarelo”, de José do Patrocínio e Ruy Pavão, com a Companhia da Revista Tam-Tam.
Em 1929, foi arrendado por uma empresa particular, sendo utilizado apenas para exibição de filmes. As apresentações teatrais passaram a ser esporádicas e somente na década de 50, o Carlos Gomes voltaria a ser espaço de arte cênica. Entram em cena grandes companhias como as de Procópio Ferreira, Eva Tudor, Vicente Celestino e Flodoaldo Viana.
Em 1969, a apresentação da peça “Liberdade, Liberdade”, com o ator Paulo Autran, marca o início do movimento pela restauração do Theatro Carlos Gomes. As obras resgataram sua arquitetura original. É dessa época a instalação do lustre no centro do teto e a pintura da cúpula, feita por Homero Massena, um dos pintores de maior renome no Estado.
Reinaugurado em 1970, o Theatro Carlos Gomes foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura (CEC) em 1983, mantendo-se ativo na apresentação de peças e espetáculos de música e dança.
Com suas fachadas novamente restauradas em 2004, reafirma sua importância como monumento histórico e cultural capixaba. Aos 80 anos, no mesmo palco onde brilharam grandes nomes como Bibi Ferreira, Paulo Autran e Fernanda Montenegro, o Theatro Carlos Gomes continua valorizando e enriquecendo o cenário cultural do Espírito Santo.

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